Red Hat Lança OpenShift 4.20 para Orquestrar de VMs a IAs com Mais Segurança
Em um anúncio feito durante a KubeCon + CloudNativeCon NA, a Red Hat disponibilizou para o público a mais recente versão de sua plataforma de nuvem híbrida, o OpenShift 4.20. Como um arqueólogo digital que aprecia a robustez dos sistemas que resistem ao tempo, vejo este lançamento não como uma simples atualização, mas como a construção de uma ponte sólida entre o passado e o futuro da TI. A missão é clara: unificar a gestão de tudo, desde as veneráveis máquinas virtuais (VMs) até as mais modernas cargas de trabalho de Inteligência Artificial, tudo sob uma camada de segurança que já pisca para o futuro pós-quântico.
Um Maestro para a Orquestra Híbrida
Gerenciar um ambiente de TI hoje é como reger uma orquestra com instrumentos de épocas completamente diferentes. De um lado, temos os violinos Stradivarius, as nossas confiáveis VMs que rodam sistemas críticos. Do outro, sintetizadores de última geração, os contêineres e aplicações de IA. Segundo a Red Hat, o OpenShift 4.20 foi projetado para ser o maestro dessa sinfonia complexa. A plataforma busca oferecer uma consistência que, convenhamos, anda em falta, permitindo que as empresas decidam com mais clareza o que roda em casa e o que vai para a nuvem, um conceito cada vez mais importante conhecido como soberania digital.
Jim Mercer, da IDC, reforça essa visão, afirmando que “o verdadeiro desafio para as empresas hoje não é apenas adotar IA, mas conectar de forma segura o ciclo de vida da IA com sua infraestrutura de nuvem híbrida existente”. E é exatamente aí que o OpenShift se posiciona: como a camada de controle que unifica aplicações, dados e políticas de segurança.
Segurança Pronta para o Apocalipse Quântico?
Preparem seus chapéus de papel alumínio... ou melhor, sua criptografia pós-quântica (PQC). Um dos destaques mais futuristas do OpenShift 4.20 é o suporte inicial para algoritmos PQC na comunicação entre os componentes do plano de controle (mTLS). Isso significa que a Red Hat já está se preparando para um futuro onde computadores quânticos poderiam, teoricamente, quebrar a criptografia atual. É como instalar um cofre de titânio antes mesmo do ladrão high-tech nascer. Além disso, a versão traz o Red Hat Advanced Cluster Security 4.9 e melhorias no Red Hat Trusted Artifact Signer, fortalecendo a segurança para os clientes do OpenShift Platform Plus.
IA: Da Garagem para a Linha de Produção
Muitos projetos de IA morrem na praia, ou melhor, no ambiente de testes. O OpenShift 4.20 quer mudar esse cenário. Com a introdução da API LeaderWorkerSet (LWS), a plataforma simplifica a gestão de cargas de trabalho de IA distribuídas, automatizando a orquestração e o escalonamento. Outra novidade, o Image volume source, reduz drasticamente o tempo de implantação de novos modelos, permitindo que sejam integrados em minutos, sem a necessidade de reconstruir os contêineres da aplicação. A ideia é dar às equipes de IA as ferramentas para que seus experimentos se transformem em produtos robustos e escaláveis em produção.
Virtualização: Os Dinossauros Ganham Superpoderes
Como um entusiasta de tecnologias que provam seu valor ao longo de décadas, fico feliz em ver que as VMs não foram esquecidas. Pelo contrário, o Red Hat OpenShift Virtualization recebeu melhorias importantes. O rebalanceamento de carga de CPU e o suporte para arquitetura Arm prometem mais desempenho e melhor uso dos recursos. Para quem ainda sofre com a migração de sistemas legados, o kit de ferramentas foi aprimorado para acelerar a transferência de VMs para o OpenShift Virtualization, aproveitando os recursos de armazenamento já existentes. É a prova de que até os "dinossauros" da TI podem aprender truques novos e ágeis.
Um exemplo prático e bem brasileiro vem do Banco do Brasil. Gustavo de Abreu Fiuza, engenheiro de DevOps do banco, comentou que a migração do Kubernetes "vanilla" para o Red Hat OpenShift reduziu a sobrecarga operacional e permitiu triplicar o número de aplicações gerenciadas sem aumentar a equipe. Isso mostra o impacto real de uma plataforma unificada em uma operação de grande escala.
Uma Ponte para o Futuro, com os Pés no Presente
No final das contas, o Red Hat OpenShift 4.20 se apresenta como mais do que uma atualização incremental. É um movimento estratégico para consolidar a plataforma como a base para empresas que precisam inovar com IA e se preparar para futuras ameaças de segurança, sem abrir mão da estabilidade de seus sistemas legados. Como disse Mike Barrett, vice-presidente da Red Hat, a empresa está entregando uma fundação que não apenas acompanha as mudanças, mas ajuda os clientes a liderá-las. Para nós, arqueólogos digitais, é fascinante ver uma ferramenta que respeita o legado enquanto escava o caminho para o que está por vir.
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